A Teleperformance conseguiu se superar. Para pior, infelizmente! Os trabalhadores da operação UOL sofrem com a pressão constante. O UOL, que é o cliente, fica monitorando os trabalhadores o tempo todo. Já existia uma antiga reclamação sobre a subordinação direta dos operadores ao cliente, e o Sintetel já havia reclamado disso.
Malandramente, o UOL mudou a forma de pressão, mas continua com a mesma prática: a pressão agora vem por meio de rondas constantes na operação coagindo o trabalhador, que se sente mal com a pressão. O Sintetel entende que, no fim das contas, não mudou nada, é como se o UOL tivesse tomado a gestão para eles.
E o pior: parece que existe uma omissão da Teleperformance, que nada faz para mudar de fato este problema. Será que não estão criadas assim as condições para gerar vínculo empregatício entre os trabalhadores e o UOL?
Não bastasse isso, ainda existem outros problemas.
A empresa troca os trabalhadores de horário e de escala de jornada sem aviso prévio, o que não é permitido. E ainda vai além: diversas operações sofrem com o acúmulo de funções. Inclusive, áreas que nem sequer fazem atendimento são obrigados a realizar a sua função original e também o atendimento por telefone. Isso porque falta pessoal e a empresa sobrecarrega os trabalhadores com mais de uma função, o que também é proibido.
Por fim, ainda rolam ameaças de punições para quem se recusar a fazer o atendimento. Isso é assédio moral. Assim não dá, isso vai ter que mudar e já.
IMPORTANTE PARA NÃO CONFUNDIR
A empresa Teleperformance, abordada nesta matéria, atua no setor de teleatendimento, cuja data-base é 1º de janeiro. Já a Tele Performance Telecomunicações é uma empresa prestadora de serviços em telecomunicações, cuja data-base é 1º de abril.
Portanto, trata-se de empresas distintas. Teleperformance (teleatendimento) é uma empresa e Tele Performance Telecomunicações (prestadora) é outra empresa completamente diferente.