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Presidente do Sintetel contesta intervenção do governo na Oi

Diante de boatos sobre a intervenção do governo federal na Oi, que está em recuperação judicial devido a dívidas acumuladas, o Sintetel saiu em defesa dos trabalhadores da empresa. 

O presidente do Sintetel, Almir Munhoz, se reuniu com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Gilberto Kassab, em 10 de abril, e se posicionou contra a possível intervenção do governo. Essa medida poderia afetar 16.557 empregados diretos e outros milhares indiretos em todo Brasil. 

A comitiva liderada pelo presidente do Sintetel entregou ao ministro dois documentos. Um deles com de todos os sindicatos de trabalhadores filiados à Fenattel contra uma possível intervenção do governo na Oi. O Outro, elaborado pelo Dieese, traz dados que apontam um caixa positivo na Oi, em 2016, de R$ 7,8 bilhões, além de aumento dos investimentos de 17,7% no mesmo ano.

Almir Munhoz explanou que a preocupação dos trabalhadores, expressa no documento elaborado pelos sindicatos, é a defesa dos empregos, salários e condições de trabalho, além da preservação do pecúlio dos empregados no Fundo de Pensão Atlântico, do qual a Oi S/A é patrocinadora.

“São números que pedem análise cautelosa antes da adoção de medidas que podem agravar econômica e socialmente o mercado. Credores insistem na ideia da intervenção porque não estão preocupados com aspectos sociais envolvidos, mas sim com a defesa unilateral de interesses imediatos”, destaca Almir.

O documento entregue ao ministro Kassab afirma, ainda, que o Governo Federal não deve tomar posição nessa briga de interesses privados sem colocar como eixo central a defesa do interesse público, a prestação de serviços nos marcos da Lei Geral das Telecomunicações e os aspectos sociais.

Além disso, a direção da Federação também solicitou reunião com o presidente da Oi, Marco Schoroeder, para que ele esclareça sobre os recentes boatos divulgados na grande imprensa. Porém, sem resposta até o momento.