Depois de um ano marcado por duas grandes aquisições, a Tivit decide redesenhar seus planos e passa a mirar operações de médio e até pequeno porte. O pontapé inicial da empreitada será dado hoje, com o anúncio de aquisição da Open Concept, uma fábrica de software especializada em desenvolvimento de sistemas para transações financeiras. Com base na capital paulista e uma unidade de desenvolvimento em Ribeirão Pires, a Open Concept é uma companhia de 200 funcionários. Nos últimos cinco anos, a empresa conseguiu multiplicar seu faturamento por dez, atingindo R$ 11,7 milhões no ano passado. Além das operações no Brasil, tem escritórios na Argentina, Bolívia, México, Uruguai e Venezuela. "Não é o caso de dizer que não faremos mais grandes aquisições", diz Luiz Mattar, presidente da Tivit. "Mas é verdade que agora buscaremos operações mais específicas". Na carteira de clientes da empresa estão cerca de 20 contas de grande porte do setor financeiro, como Bradesco, HSBC e Unibanco. Esses bancos usam vários sistemas da companhia, como, por exemplo, o software que permite ao correntista fazer uma transação de débito ou crédito. Com a aquisição, Gadanha deixa de ser o dono da Open Concept para ocupar o cargo de diretor comercial da área de sistemas e aplicativos da Tivit. Se comparada às recentes apostas feitas pela empresa do grupo Votorantim, sobra para a Open Concept um papel coadjuvante. A Tivit já nasceu com 2 mil funcionários e receita de R$ 320 milhões. As aquisições continuarão. Mattar diz que duas empresas estão em etapas avançadas de negociação. Neste ano, a Tivit quer investir R$ 90 milhões em novas empresas, crescimento orgânico e aumento de sua infra-estrutura. Fonte: Valor Econômico (Modificada)