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Aumenta o índice de mulheres assassinadas no Brasil

O número de mulheres assassinadas no Brasil cresceu 5,4%, na comparação de 2017 com 2016, conforme aponta o Atlas da Violência feito pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada). O estudo, divulgado recentemente, mostra que em apenas uma década (2007- 2017) houve aumento de 30,7% no número de homicídios de mulheres no país. 

Em 28,5% dos casos, elas foram assassinadas dentro da própria residência, o que pode ser relacionado a casos de feminicídio e violência doméstica. É a triste realidade em que um namorado, ex ou marido agride ou mata a parceira, movido por um sentimento de posse sobre a vida e as escolhas dela. 

Apenas em 2017, mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias de polícia para registrar episódios de agressão (lesão corporal dolosa) em decorrência de violência doméstica. Esse número pode estar subestimado, dado que muitas vítimas têm medo ou vergonha de denunciar.

Nem toda violência doméstica deixa marcas. As agressões podem ser de natureza física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, que deixarão cicatrizes para a vida inteira.

É importante notar que, entre 2007 e 2017, houve aumento de 29,8% de homicídios com o uso da arma de fogo dentro das residências. Isso mostra o tamanho do perigo e vulnerabilidade com que as mulheres viverão com a flexibilização da posse e porte de armas de fogo, como tem sido proposta pelo governo Bolsonaro.

O estudo do IPEA revela, ainda, que a taxa de homicídios de mulheres negras é maior e cresce mais que a das mulheres não negras. Entre 2007 e 2017, a taxa para as negras cresceu em quase 30%, enquanto a das não negras aumentou 1,6%. A desigualdade racial escandalosa, que alguns insistem em afirmar não existir, existe sim e é letal!

O Sintetel alerta a todas as mulheres da categoria que denunciem à polícia ou à delegacia da mulher quaisquer casos de violência, abuso e coerção.