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A Rede de Mulheres UNI Brasil promove a 12ª Oficina de Formação

Nesta semana, aconteceu a 12ª Oficina de Formação da Rede de Mulheres UNI Brasil, na Colônia de Férias do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, na Praia Grande- litoral paulista, com o tema “Mulheres Avançando nos Espaços de Poder e Decisão”.

Nesta nova etapa de formação, a ideia foi promover o fortalecimento da presença feminina em posições de liderança, além de abordar temas essenciais como saúde, participação, sindicalização, negociação coletiva com igualdade, diversidade e inclusão.

O encontro, organizado pelas entidades filiadas à UNI Américas, reuniu mulheres, homens e jovens lideranças sindicais de várias entidades parceiras da rede no Brasil e de diversas categorias filiadas ao sindicato global, UNI Global Union. Um dos compromissos é ampliar a participação de mais entidades de setores de comércio e serviços no Brasil.

O primeiro dia de atividades focou na juventude, com painéis sobre saúde mental, diversidade e uma oficina sobre nutrição e saúde. Já no segundo dia de atividades, se iniciou a etapa de formação com as mulheres, na qual foi abordado temas como a saúde mental e o cuidado, além de debater sobre mulheres nos espaços de poder e decisão.

E no último dia foi realizado atividades voltadas para a formação sindical, negociação coletiva e sindicalização, com palestras promovidas pelo DIEESE.

O SINTETEL foi representado por dirigentes sindicais da Capital e de várias regiões do estado.

Para a diretora Social do SINTETEL, Cristiane do Nascimento, organizar uma oficina de formação como esta é importante para as participantes e para as organizações. “Precisamos capacitar mais mulheres e homens, principalmente no combate às desigualdades e para continuarmos na luta por melhores condições de trabalho, assim como eliminar qualquer forma de violência nos locais de trabalho e na sociedade no geral”, disse Cristiane.

“Além de promover formação e ampliar a visão de nossas representantes sindicais, nosso compromisso enquanto SINTETEL é trazer mais mulheres para a categoria e para o movimento sindical”, afirma Maria Edna Medeiros, dirigente do SINTETEL e secretária Nacional da Mulher da FENATTEL.

Confira alguns depoimentos das dirigentes presentes ao evento:

“Precisamos mostrar aos trabalhadores(as) a importância do acordo coletivo e a força da negociação coletiva mediante e a associação. Levar conhecimento e adicionar cláusulas inclusivas”.

“Os trabalhadores precisam entender que as negociações coletivas não são somente sobre salários. Devemos ampliar a visão e humanizar o olhar negocial sobre os cuidados, que sempre sobra para as mulheres, mas precisamos olhar também para essas mulheres”.

“Todo processo negocial é difícil, precisamos nos impor e lembrar que todos precisam de qualidade de vida no trabalho”.

“Sobre sororidade feminina, devemos eliminar o machismo feminino, pois isso ainda é latente na nossa sociedade, o que nos mostra uma deficiência. Então mulheres, se unam para acabar com o machismo, a misoginia e o patriarcado.”

Além dos dirigentes do SINTETEL, também participaram companheiros da representados pela FENATTEL de outras regiões do País. 

Pela FENATTEL, as participantes destacaram o tema sobre saúde mental da mulher e como é importante ter um tempo para si e a importância do autocuidado. E sobre as dificuldades e a resistência que há em uma mesa de negociação, de não ter o olhar somente sobre as cláusulas econômicas, mas também da importância de inserir nos ACT cláusulas inclusivas.

“particularmente achei muito importante a fala sobre inclusão de uma cláusula para as mulheres de 40+, que enfrentam dificuldade de conseguir um trabalho ou também permanecer em seu trabalho. Cada vez mais precisamos de encontros assim, para discutirmos pautas importantes”, disse Barbara Cunha, do SINTTEL - SC.

Para Gisele Benthien, também do SINTTEL – SC, “É muito importante participar de espaços voltados às mulheres. Precisamos, cada vez mais, levantar a bandeira da saúde emocional, de espaços de decisão e de lugar na mesa de negociação. Ninguém melhor que mulher para defender direito das mulheres.

Já a representante da área técnica de telecomunicações, Alessandra Granella, disse que: “entender as adversidades é algo libertador, pois precisamos eliminar os tabus sobre a mulher, que ela tem que estar enclausurada no espaço do lar, quando na verdade podemos mostrar ao mundo e a sociedade que temos a mesma capacidade”. 

“A negociação é uma forma de garantir os direitos dos trabalhadores e reduzir desigualdade. A participação de mulheres em cargos de poder é importante para fortalecer a democracia, quando conquista alto cargo elas ainda enfrentam preconceitos e dificuldades”, disse Erica, do SINTTEL – GO.