A secretária da Mulher do SINTETEL e da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Maria Edna Medeiros, participou nos dias 6 e 7 de outubro, do seminário de capacitação técnica e política do projeto “Democratização Energética e Transição Justa na América Latina e no Caribe”.
Promovido pela Confederação Sindical das Américas (CSA),
Amigos da Terra América Latina e Caribe e REDES Uruguai, o evento reuniu
representantes sindicais e sociais de toda a região com o objetivo de
fortalecer alianças entre organizações sindicais, feministas, ambientais e
sociais, ampliando as capacidades coletivas para incidir nos debates sobre
justiça climática e democratização da energia. Além de prevê o último workshop
virtual no final de outubro, encerrando o processo formativo que foi iniciado
em 2024.
Representando também o Comitê de Mulheres Trabalhadoras
das Américas (CMTA/CSA), Maria Edna destacou a importância de integrar a
perspectiva feminista e de gênero nas políticas de transição justa,
afirmando que “só haverá Justiça Climática com Justiça de Gênero”. Segundo
ela, é essencial enfrentar o modelo extrativista e patriarcal, garantindo
que mulheres e grupos historicamente excluídos — como jovens,
afrodescendentes, migrantes, indígenas e população LGBTIQ+ — sejam
protagonistas da construção de um novo modelo econômico sustentável e
inclusivo.
Durante o evento, foi apresentado o documento final da
3ª Conferência de Mulheres da CSA, que no Eixo 3 — Desenvolvimento
Sustentável e Integração dos Povos — aborda a Transição Justa com
Equidade de Gênero. A partir desse debate, foram definidas linhas de ação que
nortearão a atuação sindical feminista nos próximos anos, com destaque para:
Segundo a secretária da mulher, a participação das entidades
sindicais reforça o compromisso com a justiça social, climática e de
gênero, consolidando o protagonismo do movimento sindical na construção de
uma agenda regional unificada rumo à COP30, que ocorrerá em novembro
de 2025, em Belém (PA).
Para Maria Edna, o fortalecimento das mulheres trabalhadoras
e da juventude é condição essencial para a democratização da energia e para a
construção de um futuro sustentável:
“A transição justa não pode ser apenas tecnológica ou
econômica — ela precisa ser social, feminista e democrática. As mulheres estão
na linha de frente das transformações e devem estar também no centro das
decisões.”