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Agora é na Justiça: Sintetel cobra da TIM o PPR/2015

A TIM reafirmou em carta ao presidente do Sindicato que não pagará a 2ª parcela do PPR/2015. Os dirigentes do Sintetel estiveram novamente na porta da empresa em Santo André e em São Paulo, na terça-feira, 21 de junho, naquele que foi o quarto protesto contra a decisão unilateral da TIM.

Os argumentos usados pela empresa são frágeis. Numa parte do documento, ela assume a sua culpa pela falta de transparência se comprometendo a “reforçar significativamente” o compartilhamento de resultados. Em outra parte da carta, a empresa sugere mudanças e reavaliação do programa de PPR, sendo que a intenção principal é diminuir a antecipação da 1ª parcela, que atualmente é de 1,5 salário. Aliás, essa é o único diferencial positivo do programa em relação às outras operadoras.

Diante disso, o Sintetel continuará na luta pelo o que entende ser direito do trabalhador. O Sindicato entrará primeiramente no Ministério Público do Trabalho - MPT, solicitando mediação entre as partes para solução da pendência. Nesta mediação, também será requerido o reajuste salarial que não foi praticado para os trabalhadores que ganhavam em 01/09/2015 salários acima de R$ 4 mil.

Caso não haja solução negociada no MPT, o Sindicato adotará outras medidas legais cabíveis. “O trabalhador mostrou que está unido com o Sindicato e com essa mediação no Ministério Público esperamos que a TIM tenha bom senso e resolva pagar a 2ª parcela do PPR”, disse Mauro Cava de Britto, dirigente do Sintetel. 

Para o presidente do Sintetel, Almir Munhoz, que também preside a Federação Nacional dos trabalhadores em telecom, os sindicatos do setor em todo o país estão unidos nessa luta. “Todos concordaram com as ações tomadas e isso nos dá mais força”, ressalta. 

Histórico

Após pagar o MBO dos Diretores e Gerentes com base nos resultados obtidos pela empresa, a TIM alegou, sem apresentar nenhum dado real, que os resultados não foram atingidos e que por isso não pagará a segunda parcela do PPR. Espertamente, a empresa finge que poderia ser pior, que os empregados poderiam ter que devolver dinheiro teoricamente recebido a mais. 

Em relação aos salários acima de R$ 4 mil, a empresa pagou um abono na data-base. Mas, o Acordo firmado com o Sintetel previa a rediscussão desses salários em abril com o objetivo de que ao final da vigência do Acordo, os empregados não fossem penalizados. Todavia, a empresa apresentou a desculpa evasiva de que não é possível fazer esse reajuste em um cenário de incertezas.

O Sintetel foi à porta da TIM no último mês para comandar uma paralisação dos trabalhadores. Eles resolveram cruzar os braços para demonstrar toda a insatisfação com o não pagamento no PPR.