Notícias

FILTRAR:

Claro mente aos trabalhadores

O processo de negociação com a Claro para renovação do Acordo Coletivo foi muito complicado desde o início. A empresa apresentou propostas absurdas e enrolou ao máximo para fazer o trabalhador aceitar qualquer proposta. O Sindicato foi transparente durante todo o processo, sempre cumprindo o nosso papel: defender o melhor para os trabalhadores.

A Claro apresentou a pior proposta entre todas as grandes operadoras. Tentou ao máximo congelar benefícios. Quando conseguimos avanços, ainda assim abaixo das concorrentes, a empresa propôs um absurdo que não pode passar batido: criar uma diferença no VA/VR para os futuros contratados. 

O que está por trás disso? Uma perigosa brecha para demitir os atuais trabalhadores e trocar por uma mão de obra mais barata. É por isso que não aceitamos levar essa proposta para assembleia. Não podemos admitir duas faixas de benefícios, com até dez reais de diferença. Como aceitar essa diferenciação entre trabalhadores? Esse não é nosso papel e não vamos nos prestar a isso. 

Se a Claro não tivesse como intenção demitir os trabalhadores atuais para economizar, teria aceitado nossa sugestão de ao menos garantir estabilidade por um ano a todos. Não foi o que aconteceu. A empresa se manteve intransigente nessa questão. 

Não adianta tentar jogar o trabalhador contra o Sindicato, continuaremos firmes ao lado da categoria! A empresa comete crime contra a organização do trabalho ao exigir uma assembleia a qualquer custo. Não faremos isso!  A Claro soltou um comunicado mentiroso sobre o ocorrido. 

O presidente do Sintetel e da Fenattel, Almir Munhoz, entrou em contato com a direção da Claro e insistiu que fossem retiradas da proposta essas ilegalidades que ferem o princípio da isonomia. Todos os Sindicatos filiados à Fenattel já estavam agendando as assembleias, mas fomos avisados que o RH da Claro não deixaria que elas fossem realizadas em função desse impasse. Então, elas foram canceladas. 

Não seremos cúmplices dessa proposta nefasta da Claro. Não somos meros cartórios homologadores da empresa. Representamos e continuaremos a defender os trabalhadores em telecom. Essa é nossa função. 

Existem ainda outras condições absurdas nessa proposta, como horas em sobreaviso contra técnicos e engenheiros.

Se a empresa não recuar, não realizaremos assembleias. Seguiremos a orientação de nossa Federação: entraremos com pedido de mediação na Superintendência Regional do Trabalho. A partir disso, formalizaremos o pedido de dissídio coletivo junto à Justiça e iniciaremos mobilizações nacionais.  

Não nos importa se maus sindicalistas de outras organizações aprovaram ilegalidades! Não aceitaremos nenhum tipo de pressão e tomaremos as medidas cabíveis para impedir esse abuso contra o trabalhador.