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“Precisamos garantir que apenas empresas sérias prestem serviços na área de telecom” afirma vice-presidente do Sintetel em CPI das Antenas

Em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades na instalação de antenas na cidade de São Paulo, o Sintetel defendeu uma regulamentação mais assertiva das empresas que prestam serviço na área. 

Mauro Cava de Britto, vice-presidente do Sintetel, representou a Fenattel (Federação Nacional) na Comissão em 23 de abril, na Câmara de Municipal de São Paulo. 

Na ocasião, os vereadores discutiram a terceirização dos trabalhadores de empresas que atuam na instalação de antenas e de equipamentos de rádio base, responsáveis por conectar as antenas às operadoras de telecomunicações.

Britto criticou a atuação de empresas terceirizadas que não têm diálogo com o Sindicato. Segundo ele, muitas vezes elas não garantem a segurança e devido treinamento ao trabalhador, tampouco os direitos garantidos nas Convenções Coletivas negociadas pelo Sintetel. 

“A área de telecomunicações é muito abrangente. A maior parte dos trabalhadores de instalação e manutenção são terceirizados, por isso é muito difícil saber se todos que realizam a instalação de antenas o fazem de maneira regular”, respondeu Britto à vereadora Edir Sales (PSD).

O dirigente do Sintetel propôs aos vereadores que as novas regras de concessão também incluam um padrão de qualidade no que se refere ao trato com os trabalhadores. “Uma alternativa seria a criação de um selo de qualidade para as prestadoras, para que efetivamente possamos moralizar o setor e garantir empresas sérias e capacitadas prestando serviços na área”, destacou Britto.


Sobre a CPI
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Antenas foi instalada em março de 2019 na Câmara Municipal de São Paulo. Ela tem o objetivo de sugerir novas regulamentações, convidar interessados no segmento a falar sobre o tema e estudar novos critérios de instalação de antenas na cidade de São Paulo.

Uma das áreas de atuação da comissão será procurar diminuir as chamadas “zonas de sombra da telefonia” (as áreas com baixo ou nenhum sinal). “Além dos problemas com a falta de segurança, saúde e saneamento básico, os moradores das periferias sofrem ainda com uma internet fraca e cara. Isso inviabiliza o crescimento cultural e profissional dessas pessoas”, destacou Maura Cava de Britto, vice-presidente do Sintetel. 

Para Britto, uma nova regulamentação pode dar abertura para novas tecnologias e representar um importante avanço nas telecomunicações do Brasil. “Há países com economias menores que o Brasil que já contam com a tecnologia 5G. São Paulo, que é a locomotiva do país, precisa dar esse passo que só tende a contribuir, inclusive, para avanços econômicos e sociais”, analisou o dirigente. 

Outro foco da Comissão será a irregularidade na instalação das antenas, assim como a revisão das sanções já aplicadas. “Iremos questionar as empresas operadoras sobre os acordos celebrados no passado com o Ministério Público, assim como as multas devidas à cidade de São Paulo por conta de irregularidades relacionadas”, afirmou o vereador Claudinho de Souza, presidente da CPI.

Claudinho de Souza, presidente da Comissão, fez parte da categoria de telecom por quase uma década. O vereador passou por empresas como Telesp e Telefónica. Já foi sócio do Sintetel entre 1968 e 1977, participou de várias atividades do Sindicato e conhece de perto os desafios do setor. “É importante entender e ponderar todos os lados. Vejo a contribuição do representante da Fenattel como algo positivo”, avaliou Souza. 

“Esperamos que desta CPI saia um projeto que represente o melhor pra população, que é uma internet mais eficiente. E, ao mesmo tempo, possibilite a abertura de novos postos de trabalho no setor“, destacou o vice-presidente do Sindicato. 

A comissão tem duração prevista de 120 dias. As reuniões da Comissão serão realizadas às terças-feiras, das 11h às 14h, no Plenário 1º de Maio.

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