Após a pausa para o café, José Silvestre (foto) assumiu o microfone e palestrou sobre a conjuntura das telecomunicações no Encontro Nacional da Fenattel.
Com dados reveladores, o técnico do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) desmistificou algumas ideias antigas e ultrapassadas sobre o setor. Uma delas, inclusive, refere-se à divisão entre homens e mulheres. Apesar de as mulheres dominarem os call centers, a categoria como um todo tem 40% de representantes do sexo feminino e 60% do sexo masculino. Desse total, 50% estão na faixa etária dos 30 aos 39 anos.
Outros dados marcantes referem-se ao índice de escolaridade completa (66%) e à remuneração média entre dois e cinco salários mínimos (36%).
Nos call centers a história é outra
Segundo dados da RAIS (2010), o teleatendimento é composto por 74% de representantes do sexo feminino. Do total geral, 87% têm ensino médio completo. "Esse índice é muito maior do que em muitas categorias", afirmou Silvestre.
Basicamente, os call centers são formados por jovens (52% deles têm até 24 anos e 75% apresentam idade inferior a 30). O rendimento, assim como a idade, também fica abaixo da categoria como um todo (81% deles recebem até dois salários mínimos).
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